O repelente é essencial para afastar os insetos e evitar as picadas de mosquitos, como o Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya. Mas, tão importante quanto levar o produto para todos os lugares é aplicá-lo corretamente.
Entenda melhor sobre o uso e quais as indicações e advertências em relação ao uso deste produto. Confira!
Como funcionam os repelentes?
Por natureza, humanos atraem insetos pelo simples ato de transpirar – com o calor do corpo e a liberação de ácido lático – e até mesmo pelo uso de perfumes que despertam a curiosidade de insetos em busca do cheiro exalado.
Assim, para evitar que formigas e mosquitos subam, pousem ou piquem a pele, a estratégia do repelente é formar uma barreira na superfície da derme. Através das substâncias existentes na sua composição, os repelentes são capazes de confundir os receptores presentes nas antenas dos insetos, o que acaba interferindo na percepção dos cheiros. Isso faz com que eles não saibam exatamente onde picar, sendo desestimulados a se aproximar da parte do corpo protegida pelo produto.
Diferentes tipos de repelente
Algumas das substâncias mais usadas nos repelentes tópicos, aqueles utilizados na pele, são:
Repelente com DEET: o tipo mais comum do mercado
Os repelentes com “DEET repelente” são os mais comuns. Eles são bastantes eficazes e o tempo de proteção depende da concentração do ativo no produto: geralmente, são encontrados repelentes com 5% a 15%, que é o máximo indicado pela Anvisa. Com 5% de concentração, o DEET consegue proteger a pele durante 2 horas. Um detalhe importante sobre os repelentes com DEET é que eles podem ser aplicados até 3 vezes ao dia.
Repelentes com Icaridina: proteção de longa duração
A Icaridina é um ativo de alta proteção contra os insetos e costuma aparecer nos repelentes em uma concentração de 20 a 25%. Essa quantidade garante uma proteção de cerca de 10 a 12 horas, e por isso, o item não precisa de tantas reaplicações ao longo do dia. Para quem tem a pele sensível ou histórico de alergias, a dica é consultar um dermatologista para conferir o uso da Icaridina no corpo.
Repelentes com IR3535: vantajoso para peles sensíveis
Os repelentes com IR3535 têm menos riscos de alergias e intoxicação, e o ativo costuma aparecer em uma concentração bem baixa – o que é vantajoso para pessoas sensíveis e com histórico de alergias e intoxicação. Esse tipo de repelente costuma proteger por até 2 horas e, por isso, precisa de reaplicações ao longo do dia.
Protetor solar com repelente: proteção dupla contra mosquitos e o sol
Um outro tipo de repelente é aquele que une protetor solar e proteção contra os mosquitos. O protetor solar com repelente geralmente tem o DEET repelente na fórmula, o que é vantajoso para a época de praia, piscina e viagens ao campo, onde a pele precisa estar bem protegida da ação dos raios solares – que podem ocasionar rugas e queimaduras – e da ação dos insetos. A concentração do DEET repelente costuma ser de 5% e consegue proteger a pele durante 2 horas, mesma duração de proteção do filtro solar comum.
Um detalhe importante sobre o protetor solar com repelente é que ele protege tanto quanto o repelente comum, já que a concentração de DEET não depende do nível de proteção, mas sim, do tempo em que o produto é reaplicado na pele.
Repelentes à base de óleos naturais
Os repelentes à base de óleos naturais contêm essências de ervas, como frutas cítricas, citronela, coco, soja, eucalipto, cedro, gerânio, hortelã ou erva-cidreira, por exemplo. Em geral, são muito voláteis e, por isso, na maior parte dos casos, têm um efeito de curta duração.
O óleo de citronela é um dos mais usados, mas recomenda-se a sua aplicação a cada hora de exposição. Além disso, alguns estudos comprovam que o óleo de eucalipto-limão, em concentrações de 30%, é comparável ao DEET de 20%, conferindo proteção de até 5 horas. Sendo, por isso, o mais recomendado dos óleos naturais e uma boa alternativa para pessoas que por algum motivo não podem usar o DEET ou a Icaridina.
Como aplicar corretamente o repelente?
Os repelentes devem ser aplicados nas áreas expostas do corpo e devem ser reaplicados de acordo com a indicação do fabricante ou em caso de suor excessivo e contato com a água. Para aplicação da forma spray no rosto ou em crianças, o ideal é aplicar primeiro na mão e depois espalhar no corpo, lembrando sempre de lavar as mãos com água e sabão depois da aplicação. Em caso de contato com os olhos, é importante lavar imediatamente a área com água corrente.
Grávidas podem usar repelente?
A maior parte dos repelentes industriais aprovados pela ANVISA podem ser utilizados por grávidas e crianças com mais de 2 anos, no entanto, é importante prestar atenção às concentrações dos componentes, devendo-se sempre optar pelas mais baixas.
O uso de repelentes é importante para que grávidas e crianças se protejam contra a picada dos mosquitos, especialmente o Aedes Aegypti, que pode transmitir doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
Uso de repelente e protetor solar
Caso o repelente seja utilizado junto com outro produto, como o filtro solar, por exemplo, é recomendado um intervalo de pelo menos 15 minutos para que o filtro seja absorvido pela pele com posterior aplicação do repelente.
Como usar repelente e maquiagem?
É possível usar repelente com maquiagem! Sempre que possível, dê preferência ao spray, pois ele não interfere na maquiagem.
O repelente deve ser sempre o último produto a ser aplicado no rosto. Faça a sua maquiagem normalmente e, depois, passe o repelente. O correto é borrifar o produto nas mãos e em seguida espalhar pelo rosto. Ao ser aplicado depois da maquiagem, a ação do protetor solar, do hidratante e da maquiagem será preservada. Além disso, o tempo de duração do repelente não sofre alteração.
Especialistas reforçam que não se deve usar repelente oleoso no rosto, pois eles podem propiciar a formação de lesões acneicas.
E aí, curtiu conhecer mais sobre esse produto que é um grande aliado na proteção contra insetos? Agora que você já conhece os diversos tipos e formas de utilizar o produto, basta escolher o seu preferido.
